Declaración de la Asamblea por la Justicia Climática

Por siglos, el productivismo y el capitalismo industrial han destruido
nuestras culturas, explotado nuestra mano de obra y envenenado a nuestro
medio ambiente.


Justicia climática ahora! No a las ilusiones neoliberales, si a las soluciones de los pueblos!

Ahora, con la crisis climática, la Tierra esta diciendo “ya basta”!

Una vez más, las personas que han creado el problema nos dicen que también
tienen las soluciones: el comercio de emisiones de CO2, el llamado “carbón
limpio”, más energía nuclear, agro-combustibles, incluso un “nuevo pacto
verde”. Pero éstas no son soluciones reales, sino ilusiones neoliberales.
Es hora de ir más allá de estas ilusiones.

Las y los que luchan día a día para defender su medio ambiente y sus
condiciones de vida ya están construyendo soluciones reales al cambio
climático. Tenemos que globalizar estas soluciones.

Para nosotras y nosotros, las luchas por la justicia climática y la
justicia social son una sola. Son las luchas por los territorios, las
tierras, los bosques, el agua, por la reforma agraria y urbana, la
soberanía alimentaria y energética así como por los derechos de las
mujeres y de las y los trabajadores. Las luchas por la igualdad y la
justicia para los pueblos indígenas, para los pueblos del Sur global, las
luchas por la redistribucion de la riqueza y por el reconocimiento de la
deuda ecologica e histórica de los países del Norte.

Frente a los intereses deshumanizados e impulsados por el mercado de la
elite global y el modelo dominante de desarrollo basado en un crecimiento
y consumo interminables, el movimiento por la justicia climatica reclamará
los bienes comunes, y pondrá las realidades sociales y económicas en el
corazón de nuestra lucha contra el cambio climatico.

Llamamos a todas y todos – trabajadores, campesinos, pescadores,
estudiantes, jóvenes, mujeres, pueblos indígenas así como a todos los
seres humanos concientizados del sur y del norte – a unirse a esta lucha
común para construir soluciones reales a la crisis climática, por el
futuro de nuestro planeta, nuestras sociedades y nuestras culturas. Todos
juntos estamos construyendo un movimiento por la justicia climática.

Apoyamos las movilizaciones contra la cumbre del G20 y sobre la crisis
global del 28 de marzo al 4 de abril, y la movilización de la Via
Campesina el 17 de abril.

Apoyamos el llamado para un Día de Acción Internacional en Defensa de la
Madre Tierra y los Derechos de los Pueblos Indígenas el 12 de octubre.

Llamamos a movilizarse y organizar acciones diversas en todas partes, en
los preparativos hacia, durante, y después, de la Conferencia sobre Cambio
Climatico de la ONU en Copenhagen, especialmente durante el Día de Accion
Global el 12 de diciembre de 2009.

En toda nuestra labor, desenmascararemos las falsas soluciones, alzaremos
las voces del sur, defenderemos los Derechos Humanos, y fortaleceremos
nuestra solidaridad en la lucha por la justicia climática. Si tomamos las
decisiones acertadas, podremos construir un mundo mejor para todas y
todos.


Climate Justice Assembly Declaration

Bélém, Brazil, 1 February 2009

CLIMATE JUSTICE NOW!

No to neoliberal illusions, yes to people’s solutions!

For centuries, productivism and industrial capitalism have been destroying
our cultures, exploiting our labour and poisoning our environment.

Now, with the climate crisis, the Earth is saying “enough”, “ya basta”!

Once again, the people who created the problem are telling us that they
also have the solutions: carbon trading, so-called “clean coal”, more
nuclear power , agrofuels, even a “green new deal”. But these are not real
solutions, they are neoliberal illusions. It is time to move beyond these
illusions.

Real solutions to the climate crisis are being built by those who have
always protected the Earth and by those who fight every day to defend
their environment and living conditions. We need to globalise these
solutions.

For us, the struggles for climate justice and social justice are one and
the same. It is the struggle for territories, land, forests and water, for
agrarian and urban reform, food and energy sovereignty, for women’s and
worker’s rights. It is the fight for equality and justice for indigenous
peoples, for peoples of the global South, for the redistribution of wealth
and for the recognition of the historical ecological debt owed by the
North.

Against the disembodied, market-driven interests of the global elite and
the dominant development model based on never-ending growth and
consumption, the climate justice movement will reclaim the commons, and
put social and economic realities at the heart of our struggle against
climate change.

We call on everyone – workers, farmers, fisherfolk, students, youth,
women, indigenous peoples, and all concerned humans from the South and the
North – to join in this common struggle to build the real solutions to the
climate crisis for the future of our planet, our societies, and our
cultures. All together, we are building a movement for climate justice.

We support the mobilizations against the G20 summit and on the global
crisis from 28 march to 4 April, and the 17 April 2009 mobilisation of La
Via Campesina.

We support the call for an International Day of Action in Defense of
Mother Earth and Indigenous Rights on 12 October 2009.

We call for mobilisations and diverse forms of actions everywhere, in the
lead up to, during and beyond the UN climate talks in Copenhagen,
especially on the Global Day of Action on 12 December 2009.

In all of our work, we will expose the false solutions, raise the voices
of the South, defend human rights, and strengthen our solidarity in the
fight for climate justice. If we make the right choices, we can build a
better world for everyone.


Declaração da Assembléia por Justiça Climática

Bélém, Brasil, 1º de fevereiro de 2009

JUSTIÇA CLIMÁTICA JÁ!

Não às ilusões neoliberais, Sim às soluções dos povos!

Por séculos, o produtivismo e o capitalismo industrial vêm destruindo
nossas culturas, explorando nossa mão de obra e envenenando nosso meio
ambiente.

Agora, com a crise climática, a Terra está dando um basta!

Mais uma vez, as pessoas que criaram o problema nos dizem que também
tem as soluções: o comércio de emissões de CO2, o chamado “carbono
limpo”, mais energia nuclear, agrocombustíveis, incluindo um “novo
pacto verde”. Mas estas não são soluções reais, mais sim ilusões
neoliberais. É hora de nos movermos para além destas ilusões.

Soluções reais para a crise climática vêm sendo construídas por
aqueles/as que sempre protegeram a Terra e que lutam diariamente para
defender o meio ambiente e suas condições de vida. Temos que
globalizar estas soluções.

Para nós, as lutas por justiça climática e por justiça social são uma
só. São lutas pelo território, pela terra, bosques, água, pela reforma
agrária e urbana, pela soberania alimentar e energética, assim como
pelos direitos das mulheres e dos/as trabalhadores/as. As lutas por
igualdade e por justiça aos povos indígenas, aos povos do Sul, as
lutas por distribuição de riqueza e pelo reconhecimento da dívida
ecológica e histórica dos países do Norte.

Frente aos interesses desumanos e impulsionados pelo mercado da elite
global e do modelo dominante de desenvolvimento baseado no crescimento
e consumo intermináveis, o movimento por justiça climática clamará
pelos bens comuns e colocará as realidades sociais e econômicas no
coração de nossa luta contra as mudanças climáticas.

Chamamos a todas e todos, trabalhadores, camponeses, pescadores,
estudantes, jovens, mulheres, povos indígenas, assim como toda a
humanidade conscientizada do Sul e do Norte a se unirem a esta luta
comum para construir soluções reais à crise climática, pelo futuro do
nosso planeta, nossas sociedades e nossas culturas. Estamos
construindo juntos um movimento pela justiça climática.

Apoiamos as mobilizações contra a Cúpula do G20 e sobre a crise global
que ocorrerá de 28 de março à 4 de abril, e a mobilização da Via
Campesina dia 17 de abril.

Apoiamos o chamado para o Dia de Ação Internacional em Defesa da Mãe
Terra e dos Direitos dos Povos Indígenas, no dia 12 de outubro.

Convidamos a todos e todas a nos mobilizar e organizar ações diversas
em todas as partes do mundo, em preparação até, durante e depois da
Conferência sobre Mudanças Climáticas da ONU, em Copenhague,
especialmente durante o Dia de Ação Global no dia 12 de dezembro de
2009.

Em todo nosso trabalho, vamos desmascarar as falsas soluções,
levantaremos as vozes do Sul, defenderemos os Direitos Humaos e
fortaleceremos nossa solidariedade na luta pela justiça climática. Se
tomarmos decisões acertadas, poderemos construir um mundo melhor para
todas e todos.