Ataque al MST y a la Escuela Nacional Florestan Fernandes

En el día central de las Movilizaciones de la “Jornada Continental por la Democracia y Contra el Neoliberalismo” el Movimiento de los Trabajadores Rurales Sin Tierra (MST) de Brasil ha sufrido una peligrosa agresión policial. Esta mañana la sede de la Escuela Florestan Fernandes, en el interior del Estado de São Paulo, fue invadida de forma violenta por 10 vehículos de la Policía Militar.


ALBA Movimientos

4 noviembre, 2016: Desde ALBA Movimientos compartimos esta información y repudiamos enérgicamente esta persecución que el régimen golpista de TEMER lleva adelante contra el movimiento popular.

Justamente en el día en que movimientos de todo el continente nos unificamos en una jornada por la Democracia y contra el Neoliberalismo, la ENFF -un símbolo de la unidad y de la articulación de los pueblos- recibe este ataque por parte de un Gobierno que es una de las expresiones de la ofensiva neoliberal que denunciamos. Es un argumento más para reafirmar la necesidad de construir mayores niveles de organización, de unidad y de movilización. Por ello también estaremos esta jornada en la calle.

Toda nuestra solidaridad con las compañeras y compañeros del MST y de la ENFF. La unidad de los pueblos de Nuestra América es nuestro horizonte y nuestro camino.
4 de noviembre de 2016

Articulación continental de Movimientos hacia el ALBA

Polícia invade Escola do MST sem mandado judicial

Nesta sexta-feira (4), policiais civis e militares invadiram a Escola Nacional Florestan Fernandes, do Movimento dos Sem Terra (MST) sem mandado judicial.

Segundo testemunhas, os policiais pularam o portão do local e entraram atirando para cima. Os militantes afirmam que foram utilizadas munições letais. De acorda com a Mídia Ninja, duas pessoas foram detidas na escola, localizada em Guararema (SP).

“O MST repudia a ação da polícia de São Paulo e exige que o governo e as instituições competentes tomem as medidas cabíveis nesse processo. Somos um movimento que luta pela democratização do acesso a terra no país e a ação descabida da polícia fere direitos constitucionais e democráticos”, diz o comunicado dos Sem Terra.

Hoje, a Polícia Civil deflagrou a Operação Castra em três estados: Paraná e Mato Grosso do Sul, além de São Paulo. Estão sendo cumprindo 14 mandados de prisão. Entre os investigados estão lideranças do MST e também o vereador Claudelei Torrente de Lima (PT), que foi o mais votado em Quedas do Iguaçu (PR) neste ano.

Para o MST, a operação reafirma a “tese de que movimentos sociais são organizações criminosas, já repudiado por diversas organizações de Direitos Humanos e até mesmo por sentenças do STJ”.

O município de Quedas do Iguaçu é um local de conflito por terra, em razão da luta dos Sem Terra contra a Araupel. O MST alega que a empresa se apropriou ilegalmente de terras na região central do Paraná.

Em abril deste ano, uma emboscada contra o acampamento Dom Tomás Balduíno, na cidade paranaense, deixou ao menos dois mortos. Segundo o MST, seguranças e jagunços da madeireira participaram da ação, junto com policiais.

Leia abaixo a íntegra da nota do MST sobre a operação da Polícia Civil:
Mais uma vez o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) é vítima da criminalização por parte do aparato repressor do Estado Paranaense. A ação violenta batizada de “Castra” aconteceu na nessa sexta-feira (04/11/2016), no Paraná, em Quedas do Iguaçu; Francisco Beltrão e Laranjeiras do Sul; também em São Paulo e Mato Grosso do Sul.

O objetivo da operação é prender e criminalizar as lideranças dos Acampamentos Dom Tomás Balduíno e Herdeiros da Luta pela Terra, militantes assentados da região central do Paraná. Até o momento foram presos seis lideranças e estão a caça de outros trabalhadores, sob diversas acusações, inclusive organização criminosa.

Desde maio de 2014 aproximadamente 3 mil famílias acampadas, ocupam áreas griladas pela empresa Araupel. Essas áreas foram griladas e por isso declaradas pela Justiça Federal terras públicas, pertencentes à União que devem ser destinadas para a Reforma Agrária.

A empresa Araupel que se constitui em um poderoso império econômico e político, utilizando da grilagem de terras públicas, do uso constante da violência contra trabalhadores rurais e posseiros, muitas vezes atua em conluio com o aparato policial civil e militar, e tendo inclusive financiado campanhas políticas de autoridades públicas, tal como o chefe da Casa Civil do Governo Beto Richa, Valdir Rossoni.

Lembramos que essa ação faz parte da continuidade do processo histórico de perseguição e violência que o MST vem sofrendo em vários Estados e no Paraná. No dia 07 de abril de 2016, nas terras griladas pela Araupel, as famílias organizadas no Acampamento Dom Tomas Balduíno foram vítimas de uma emboscada realizada pela Policia Militar e por seguranças contratados pela Araupel. No ataque, onde foram disparados mais de 120 tiros, ocorreu a execução de Vilmar Bordim e Leomar Orback, e inúmeros feridos a bala. Nesse mesmo latifúndio em 1997 pistoleiros da Araupel assassinaram em outra embosca dois trabalhadores Sem Terra. Ambos os casos permanecem impunes.

Denunciamos a escalada da repressão contra a luta pela terra, onde predominam os interesses do agronegócio associado a violência do Estado de Exceção.

Lembramos que sempre atuamos de forma organizada e pacifica para que a Reforma Agrária avance. Reivindicamos que a terra cumpra a sua função social e que seja destinada para o assentamento das 10 mil famílias acampadas no Paraná.

Seguimos lutando pelos nossos direitos e nos somamos aos que lutam por educação, saúde, moradia, e mais direitos e mais democracia.

Foto: http://jornalggn.com.br/noticia/policia-invade-escola-do-mst-sem-mandado-judicial#.WByWwPcrX4k.facebook